ENEM 2021 - A crise dos refugiados imortalizada para
sempre no fundo do mar
TAYLOR, J. C. A balsa de Lampedusa. lnstalação. Museu Atlântico, Lanzarote, Canárias, 2016 (detalhe). |
A balsa de Lampedusa, nome da obra do artista
britânico Jáson de Caires Taylor, é uma das instalações
criadas por ele para compor o acervo do primeiro museu
submarino da Europa, o Museu Atlântico, localizado em
Lanzarote, uma das ilhas do arquipélago das Canárias.
Lampedusa é o nome da ilha italiana onde a grande
maioria dos refugiados que saem da África ou de países
como Síria, Líbano e Iraque tenta chegar para conseguir
asilo no continente europeu.
As esculturas do Museu Atlântico ficam a 14 metros
de profundidade nas águas cristalinas de Lanzarote.
Na balsa, estão dez pessoas. Todas têm no rosto a
expressão do abandono. Entre elas, há algumas crianças.
Uma delas, uma menina debruçada sobre a beira do
bote, olha sem esperança o horizonte. A imagem é tão
forte que dispensa qualquer palavra. Exatamente o papel
da arte.
Disponível em: http://conexaoplaneta.com.br.
Acesso em: 22 jun. 2019 (adaptado).
Além de apresentar ao público a obra A balsa de
Lampedusa, essa reportagem cumpre, paralelamente, a
função de chamar a atenção para
a) a ilha de Lanzarote, localizada no arquipélago das
Canárias, com vocação para o turismo.
b) as muitas vidas perdidas nas travessias marítimas em
embarcações precárias ao longo dos séculos.
c) a inovação relativa à construção de um museu no
fundo do mar, que só pode ser visitado por
mergulhadores.
d) a construção do museu submarino como um memorial
para as centenas de imigrantes mortos nas travessias pelo mar.
e) a arte como perpetuadora de episódios marcantes da
humanidade que têm de ser relembrados para que não
tornem a acontecer.
RESPOSTA:
Letra E.
A reportagem sobre a obra A balsa de Lampeduza,
além de fazer um comentário sobre a escultura,
cumpre, paralelamente, a função de chamar a atenção
para a arte como perpetuadora de episódios
marcantes e trágicos da humanidade que têm de ser
relembrados para que não tornem a acontecer, como
aponta o título do texto “A crise dos refugiados
imortalizada para sempre no fundo do mar”.
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