Questão de Literatura - ACAFE 2022 - No livro Negro, organizado por Zilma Gesser Nunes, constam algumas cartas.

ACAFE 2022 - No livro Negro, organizado por Zilma Gesser Nunes, constam algumas cartas. Na carta ao escritor e jornalista Virgílio Várzea, Cruz e Sousa assim se manifesta: 
A) “Quem me mandou vir cá abaixo à terra arrastar a calceta da vida! Procurar ser elemento entre o espírito humano?! Para quê? Um triste negro, odiado pelas castas cultas, batido das sociedades, mas sempre batido, escorraçado de todo o leito, cuspido de todo o lar como um leproso sinistro!” 
B) “A Sociedade Diabo a Quatro, que ri, que solta a gargalhada do bom humor que abre nos corações de todos, ao sol da ideia, a luminosa e resplandecente flor da alegria nos dias de seu curto mas pitoresco reinado de galhofa e de crítica – os dias de carnaval – definiu e ampliou mais a alma franca e forte que costuma ter nas festas de Momo, dando a essa alma toda a amplidão serena da Liberdade.” 
C) “Não! Nem canalha, nem mulato, nem ingrato! Não julgues, meu madrigalesco sonhador, que eu sou o vidro de cheiro, na frase de Várzea, do Rodolfinho Oliveira; ele, sim, palito humano, como é, é quem deve ter raivas fáceis e banais ao não receber cartas tuas.” 
D) “Já vê o meu nobre amigo que, nas dificuldades em que estou, tenho absoluta necessidade de procurar destino. Assim, tendo já deliberado a minha viagem para a Corte, venho valer-me de seu prestígio e da sua generosidade jamais desmentidos pedindo-lhe encarecidamente para influir com o seu amigo e correligionário Virgílio Villela sobre uma passagem, ou, no caso de ser absolutamente impossível, embora o meu excelente amigo envide os seus esforços, fazer-me o supremo obséquio de me emprestar 50$000 réis para eu poder transportar-me [...]”

RESPOSTA:
Letra A.

Citação extraída da carta de Cruz e Sousa a Virgílio Várzea, conforme consta no livro Negro/Cruz e Sousa, p. 172. As demais citações estão incorretas e foram extraídas das cartas à Sociedade Carnavalesca Diabo a Quatro (p. 167 e 168), a Araújo Figueredo (p. 174), a Germano Wendhausen (p. 169-170). 

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