Questão PET - Leia os textos a seguir. Texto I

1 – Leia os textos a seguir. 
Texto I 
Mobilidade urbana pode ser entendida como a maneira das pessoas transitarem nos espaços urbanos, seja de maneira individual (a pé, bicicletas, motocicletas e/ou carros), seja de maneira coletiva (ônibus, metrô, trem, etc.). Esse conceito é essencial no planejamento urbano, pois influencia de maneira decisiva na qualidade de vida dos cidadãos nas cidades. Por se tratar do direito de ir e vir das pessoas, a mobilidade urbana está diretamente ligada ao processo de urbanização das cidades. Esse processo teve sua acentuação com a chegada das grandes indústrias no Brasil, em meados da década de 1930. Tais indústrias se concentraram em poucas áreas, principalmente na Região Sudeste. A industrialização acelerou a migração campo-cidade, conhecida como êxodo rural, em que as pessoas partiam das áreas rurais em busca de empregos e possíveis melhorias de vida. Essa migração acelerada, entretanto, não acompanhou a geração de empregos, o que trouxe grande competitividade em várias áreas: moradia, trabalho, alimentação, lazer e, principalmente, o uso dos espaços públicos. Com isso, a mobilidade urbana, ao longo dos anos, ganhou evidência, gerando graves problemas urbanos. 
Fonte: Brasil Escola.

Texto II




A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre os desafios da mobilidade urbana no Brasil. Apresente proposta de intervenção que respeite os direitos humanos, selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para a defesa de seu ponto de vista.

RESPOSTA (Redação Modelo)

Desde os incentivos à expansão da política rodoviarista, promovidos por Juscelino Kubitschek em seu governo, o Brasil passa por uma valorização exagerada do carro, que culminou no problema de mobilidade urbana, uma vez que o excesso de veículos impede a fácil locomoção dos indivíduos. Essa situação ressalta um contexto de descrédito financeiro com relação aos transportes públicos, que têm investimentos insuficientes, assim como as estruturas de locomoção a pé; e exaltação do carro como bem fornecedor de status.

Em primeiro lugar, é possível conceber o diminuto tamanho da malha metroviária brasileira como um dos responsáveis pelo estímulo à aquisição de carros para a locomoção urbana, já que, com linhas escassas, trens desconfortáveis e antigos, grandes metrópoles apresentam opções pouco variadas de locomoção. A insuficiência de investimentos atinge também os ônibus – que circulam em estado precário – e os caminhos de pedestre, os quais apresentam perigo a deficientes, idosos e demais indivíduos com movimentação limitada, por conta das calçadas esburacadas. Assim, em busca de conforto e segurança, a população opta pela utilização dos automóveis, cuja frota dobrou nos últimos dez anos, segundo o Observatório das Metrópoles.

Por conseguinte, não é incomum observar cidadãos se endividando para obter um transporte individual, tanto para suprir a necessidade de deslocamento quanto para munir-se do status advindo de tal compra. A noção de luxo que paira no imaginário popular ainda tem muito a ver com as ideias proferidas no governo de JK perante o excessivo engrandecimento do transporte individual – fomentador da implementação das empresas automobilísticas no Brasil. Entretanto, seus resultados são vistos até os dias atuais, nos longos congestionamentos de horários de pico. De acordo com o jornal O Globo, os paulistanos gastam em média 45 dias do ano presos no trânsito, reiterando a diminuição da qualidade de vida proporcionada pela má mobilidade urbana.

Portanto, a fim de facilitar a locomoção urbana no Brasil, as Secretarias dos Transportes Metropolitanos de cada estado, as quais são responsáveis pelos transportes públicos subterrâneos, devem desincentivar a busca pelo transporte individual por meio da ampliação de linhas de metrô no território brasileiro e barateamento do custo da passagem . As novas linhas deverão ser confortáveis e ter bom funcionamento, atraindo os cidadãos brasileiros e, naturalmente, fazendo com que a superlotação de automóveis decresça.

Fonte: STOODI.

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