Questão de Português - ENEM LIBRAS 2017 - Yeda Pessoa de Castro] — Durante três séculos, a maior parte dos habitantes do Brasil falava línguas africanas

ENEM LIBRAS 2017 - Yeda Pessoa de Castro] — Durante três séculos, a maior parte dos habitantes do Brasil falava línguas africanas, sobretudo línguas angolanas, e as falas dessas regiões prevaleceram sobre o português. Antes se ignorava essa participação, se dizia que o português do Brasil ficou assim falado devido ao isolamento, à predominância cultural e literária do português de Portugal sobre os falantes negros africanos analfabetos. Eles realmente não sabiam ler ou escrever português, mas essas teorias eram baseadas em fatores extralinguísticos. Eu introduzi nessa discussão a prevalência e a participação dos falantes africanos, sobretudo das línguas níger-congo, que são cerca de 1 530 línguas. As mais faladas no Brasil foram as do Golfo do Benim e da região banto, sobretudo do Congo e de Angola. 
SCARRONE, M. Por que a participação da família africana (de línguas) é tão importante? Disponível em: www.revistadehistoria.com.br. Acesso em: 8 jun. 2015. 
A importância das pesquisas linguísticas sobre a constituição do português do Brasil fica evidenciada nesse texto, porque registra a 
a) importância de aspectos extralinguísticos na formação da língua. 
b) proximidade entre aspectos da língua portuguesa e de línguas africanas. 
c) participação dos falares africanos na formação do português brasileiro. 
d) predominância dos falantes africanos em território brasileiro. 
e) supremacia do português de Portugal sobre os falares africanos.

RESPOSTA:
Letra C.

Questão de Português - ENEM PPL 2014 - Miss Universo: "As pessoas racistas devem procurar ajuda"

ENEM PPL 2014 - Miss Universo: "As pessoas racistas devem procurar ajuda"

SÃO PAULO — Leila Lopes, de 25 anos, não é a primeira negra a receber a faixa de Miss Universo. A primazia coube a Janelle "Penny" Commissiong, de Trinidad e Tobago, vencedora do concurso em 1977. Depois dela vieram Chelsi Smith, dos Estados Unidos, em 1995; Wendy Fitzwilliam, também de Trinidad e Tobago, em 1998, e Mpule Kwelagobe, de Botswana, em 1999. Em 1986, a gaúcha Deise Nunes, que foi a primeira negra a se eleger Miss Brasil, ficou em sexto lugar na classificação geral. Ainda assim a estupidez humana faz com que, vez ou outra, surjam manifestações preconceituosas como a de um site brasileiro que, às vésperas da competição, e se valendo do anonimato de quem o criou, emitiu opiniões do tipo "Como alguém consegue achar uma preta bonita?"Após receber o título, a mulher mais linda do mundo — que tem o português como língua materna e também fala fluentemente o inglês — disse o que pensa de atitudes como essa e também sobre como sua conquista pode ajudar os necessitados de Angola e de outros países.
COSTA, D. Disponível em: http://oglobo.globo.com. Acesso em: 10 set. 2011 (adaptado).

O uso da expressão “ainda assim” presente nesse texto tem como finalidade
a) criticar o teor das informações fatuais até ali veiculadas. 
b) questionar a validade das ideias apresentadas anteriormente. 
c) comprovar a veracidade das informações expressas anteriormente. 
d) introduzir argumentos que reforçam o que foi dito anteriormente. 
e) enfatizar o contrassenso entre o que é dito antes e o que vem em seguida.

RESPOSTA:
Letra E.

No texto, é feita uma sequencia de fatos históricos que dialogam com a informação principal do corpo textual, como pode ser visto no trecho " Em 1986, a gaúcha Deise Nunes, que foi a primeira negra a se eleger Miss Brasil, ficou em sexto lugar na classificação geral. Ainda assim a estupidez humana faz com que, vez ou outra, surjam manifestações preconceituosas".

Questão de Português - ENEM 2010 - O presidente Lula assinou, em 29 de setembro de 2008, decreto sobre o Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.

ENEM 2010 -  O presidente Lula assinou, em 29 de setembro de 2008, decreto sobre o Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. As novas regras afetam principalmente o uso dos acentos agudos e circunflexo, do trema e do hífen. Longe de um consenso, muita polêmica tem-se levantado em Macau e nos oito países de língua portuguesa: Brasil, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Comparando as diferentes opiniões sobre a validade de se estabelecer o acordo para fins de unificação, o argumento que, em grande parte, foge a essa discussão é 

a) "A academia (Brasileira de Letras) encara essa aprovação como um marco histórico. Inscreve-se, finalmente, a Língua Portuguesa no rol daquelas que conseguiram beneficiar-se há mais tempo da unificação de seu sistema de grafar, numa demonstração de consciência da política do idioma e de maturidade na defesa, difusão e ilustração da língua da Lusofonia.” SANDRONI, C. Presidente da ABL. Disponível em: http://www.academia.org.br. Acesso em: 10 nov. 2008. 
b) "Acordo Ortográfico? Não, obrigado. Sou contra. Visceralmente contra. Filosoficamente contra. Linguisticamente contra. Eu gosto do "c" do "actor" e o "p" de "cepticismo". Representam um patrimônio, uma pegada etimológica que faz parte de uma identidade cultural. A pluralidade é um valor que deve ser estudado e respeitado. Aceitar essa aberração significa apenas que a irmandade entre Portugal e Brasil continua a ser a irmandade do atraso. COUTINHO, J. P. Folha de São Paulo. Ilustrada. 28 set.2008, E1 (adaptado). 
c) "Há um conjunto de necessidades políticas e econômicas que visa a internacionalização do português como identidade e marca econômica". "É possível que o Fernando (Pessoa), como produtor de exportação, valha mais do que a PT (Portugal Telecom). Tem um valor econômico único." RIBEIRO, J. A. P. Ministro da Cultura de Portugal. Disponível em: http://ultimahora.publico.clix.pt. Acesso em: 10 nov. 2008. 
d) "É um acto cívico batermo-nos contra o Acordo Ortográfico." "O Acordo não leva a unidade nenhuma." "Não se pode aplicar na ordem interna um instrumento que não está aceito internacionalmente” e nem assegura “a defesa da língua como património, como prevê a Constituição nos artigos 9º e 68º.” MOURA, V. G. Escritor e eurodeputado. Disponível em: www.mundoportugues.org. Acesso em: 10 nov. 2008. 
e) “Se é para ter uma lusofonia, o conceito [unificação da língua] deve ser mais abrangente e temos de estar em paridade. Unidade não significa que temos que andar todos ao mesmo passo. Não é necessário que nos tornemos homogéneos. Até porque o que enriquece a língua portuguesa são as diversas literaturas e formas de utilização.” RODRIGUES, M. H. Presidente do Instituto Português do Oriente, sediado em Macau. Disponível em: http://taichungpou.blogspot.com. Acesso em: 10 nov. 2008 (adaptado).

RESPOSTA:
Letra C.

A alternativa C é a mais adequada para responder à questão, uma vez que ela, dentre as demais, não se refere ao Acordo Ortográfico, pois trata da internacionalização da língua portuguesa. 

Questão de Português - UNICAMP 2016 - É possível fazer educação de qualidade sem escola

UNICAMP 2016 - É possível fazer educação de qualidade sem escola

É possível fazer educação embaixo de um pé de manga? Não só é, como já acontece em 20 cidades brasileiras e em Angola, Guiné-Bissau e Moçambique.
Decepcionado com o processo de “ensinagem”, o antropólogo Tião Rocha pediu demissão do cargo de professor da UFOP (Universidade Federal de Ouro Preto) e criou em 1984 o CPCD (Centro Popular de Cultura e Desenvolvimento).
Curvelo, no Sertão mineiro, foi o laboratório da “escola” que abandonou mesa, cadeira, lousa e giz, fez das ruas a sala de aula e envolveu crianças e familiares na pedagogia da roda. “A roda é um lugar da ação e da reflexão, do ouvir e do aprender com o outro. Todos são educadores, porque estão preocupados com a aprendizagem. É uma construção coletiva”, explica.
O educador diz que a roda constrói consensos. “Porque todo processo eletivo é um processo de exclusão, e tudo que exclui não é educativo. Uma escola que seleciona não educa, porque excluiu alguns. A melhor pedagogia é aquela que leva todos os meninos a aprenderem. E todos podem aprender, só que cada um no seu ritmo, não podemos uniformizar.”
Nesses 30 anos, o educador foi engrossando seu dicionário de terminologias educacionais, todas calcadas no saber popular: surgiu a pedagogia do abraço, a pedagogia do brinquedo, a pedagogia do sabão e até oficinas de cafuné. Esta última foi provocada depois que um garoto perguntou: “Tião, como faço para conquistar uma moleca?” Foi a deixa para ele colocar questões de sexualidade na roda.
Para resolver a falência da educação, Tião inventou uma UTI educacional, em que “mães cuidadoras” fazem “biscoito escrevido” e “folia do livro” (biblioteca em forma de festa) para ajudar na alfabetização. E ainda colocou em uso termos como “empodimento”, após várias vezes ser questionado pelas comunidades: “Pode [fazer tal coisa], Tião?” Seguida da resposta certeira: \'\'Pode, pode tudo”.
Aos 66 anos, Tião diz estar convicto de que a escola do futuro não existirá e que ela será substituída por espaços de aprendizagem com todas as ferramentas possíveis e necessárias para os estudantes aprenderem.
“Educação se faz com bons educadores, e o modelo escolar arcaico aprisiona e há décadas dá sinais de falência. Não precisamos de sala, precisamos de gente. Não precisamos de prédio, precisamos de espaços de aprendizado. Não precisamos de livros, precisamos ter todos os instrumentos possíveis que levem o menino a aprender.”
Sem pressa, seguindo a Carta da Terra e citando Ariano Suassuna para dizer que “terceira idade é para fruta: verde, madura e podre”, Tião diz se sentir “privilegiado” de viver o que já viveu e acreditar na utopia de não haver mais nenhuma criança analfabeta no Brasil. “Isso não é uma política de governo, nem de terceiro setor, é uma questão ética”, pontua.
(Qsocial, 09/12/2014. 
Disponível em 
http://www.cpcd.org.br/ portfolio/e_possivel_fazer_educacao_de_qualidade_100_escola/.)

Em relação ao trecho “E ainda colocou em uso termos como ‘empodimento’, após várias vezes ser questionado pelas comunidades: ‘Pode [fazer tal coisa], Tião?’ Seguida da resposta certeira: ‘Pode, pode tudo’”, é correto afirmar:
a) A expressão “Seguida da resposta certeira” indica a elipse de uma outra expressão. 
b) A criação da palavra “empodimento” é resultado de um processo: sufixação 
c) A repetição do verbo no enunciado “Pode, pode tudo” exemplifica o estilo reiterativo do texto. 
d) O discurso direto presente no trecho tem a função de dar voz às comunidades.

RESPOSTA:
Letra A .
A passagem “Seguida da resposta certeira” pressupõe outra, que está elíptica: “A pergunta” (ou “A pergunta é”, “A pergunta vem”).

Questão de Literatura - UEA 2018 - Para responder à questão, leia o excerto do “Sermão vigésimo sétimo do Rosário”,

UEA 2018 - Para responder à questão, leia o excerto do “Sermão vigésimo sétimo do Rosário”, de Antônio Vieira (1608-1697), proferido em 1633 no Brasil.

Uma das grandes coisas que se veem hoje no mundo, e nós pelo costume de cada dia não admiramos, é a transmigração imensa de gentes e nações etíopes, que da África continuamente estão passando a esta América. [...] das naus, que dos portos do mar Atlântico estão sucessivamente entrando nestes nossos, com maior razão podemos dizer que trazem a Etiópia ao Brasil. Entra por esta barra um cardume monstruoso de baleias, salvando com tiros e fumos de água as nossas fortalezas, e cada uma pare um baleato1: entra uma nau de Angola, e desova no mesmo dia quinhentos, seiscentos e talvez mil escravos. [...] Nas outras terras do que aram os homens, e do que fiam e tecem as mulheres, se fazem os comércios: naquela o que geram os pais e o que criam a seus peitos as mães, é o que se vende e se compra. Oh trato desumano, em que a mercancia são homens! Oh mercancia diabólica, em que os interesses se tiram das almas alheias, e os riscos das próprias!
Já se depois de chegados olharmos para estes miseráveis, e para os que se chamam seus senhores: o que se viu nos dois estados de Jó, é o que aqui representa a fortuna, pondo juntas a felicidade e a miséria no mesmo teatro. Os senhores poucos, os escravos muitos; os senhores rompendo galas, os escravos despidos e nus; os senhores banqueteando, os escravos perecendo à fome; os senhores nadando em ouro e prata, os escravos carregados de ferros; os senhores tratando-os como brutos, os escravos adorando-os e temendo-os como deuses; os senhores em pé apontando para o açoite, como estátuas da soberba e da tirania, os escravos prostrados com as mãos atadas atrás como imagens vilíssimas da servidão, e espetáculos da extrema miséria. Oh Deus! Quantas graças devemos à fé, que nos destes, porque ela só nos cativa o entendimento, para que à vista destas desigualdades, reconheçamos contudo Vossa justiça e providência. Estes homens não são filhos do mesmo Adão e da mesma Eva? Estas almas não foram resgatadas com o sangue do mesmo Cristo? Estes corpos não nascem e morrem, como os nossos? Não respiram com o mesmo ar? Não os cobre o mesmo céu? 
(Antônio Vieira. Essencial, 2011. Adaptado.)
1 baleato: filhote de baleia.
No sermão, Vieira denuncia 
a) os riscos das viagens marítimas. 
b) a crueldade com os negros. 
c) a desigualdade entre os portugueses. 
d) a escravização dos índios. 
e) a brevidade da vida humana.

RESPOSTA:
Letra B.

O sermão é todo construído de maneira comparativa, demonstrando claramente as desigualdades sociais entre a classe dos senhores e dos escravos, como fica explicitado nos trechos: ''escravos despidos e nus; os senhores banqueteando, os escravos perecendo à fome; os senhores nadando em ouro e prata, os escravos carregados de ferros; os senhores tratando-os como brutos, os escravos adorando-os e temendo-os como deuses...'' De modo em que a crueldade sofrida pelos negros fica escancarada. Assim, alternativa correta letra B.

Questão de Português - ESPM 2015/1 - O PATO SOCIAL

ESPM 2015/1 - O PATO SOCIAL

Amigos que atuam no mercado editorial e na imprensa de Lisboa, externando com bom humor a sua indignação, argumentavam: “Queremos igualdade de condições e direitos. Se não podemos ser ‘exactos’ em nosso idioma, então vocês não podem ter um ‘pacto’, mas, sim, um pato social”.

Avicultura sociopolítica à parte, os lusos, a despeito de seus questionamentos, e os demais governos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, com exceção de Angola, já ratificaram o acordo ortográfico. O mais importante de tudo isso é entender que as mudanças que unificaram a ortografia não alteraram a gramática e a riqueza do português, com sua multiplicidade de expressões homônimas e parônimas e infinitas possibilidades sintáticas para a composição das frases e sentenças.

Ademais, o alto grau de redundância linguística de nosso idioma permite que os textos sejam lidos rapidamente e na diagonal, sem prejuízo de se assimilar a informação mínima, e também facilita o mecanismo da previsibilidade (ou seja, mesmo quando faltam letras numa palavra, o leitor consegue ler de maneira correta). Tudo isso vai a favor do consenso nacional quanto à necessidade de estimular a leitura.

Considerando a adequada e rápida adaptação do Brasil e levando-se em conta que até os portugueses já ratificaram o acordo ortográfico, são incompreensíveis as propostas que às vezes surgem no nosso Legislativo ou na retórica de pretensos estudiosos do tema, de se produzirem novas mudanças.
(Karine Pansa, Folha de SP, adaptado, 19.08.2014)

Pode-se afirmar que segundo a autora do texto:
a) a elevada redundância linguística trabalha a favor da contextualização do vocábulo. 
b) a supressão de uma letra altera totalmente o significado de uma palavra. 
c) o leitor possui uma capacidade limitada de previsibilidade para uma palavra. 
d) a rápida adaptação do Brasil ao acordo ortográfico estimulou novas propostas pelo Legislativo. 
e) novas mudanças linguísticas deveriam ser encaminhadas às autoridades para estimular a leitura no país.

RESPOSTA:
Letra A.

De acordo com o texto, a recorrência de construções redundantes favorece uma leitura mais rápida e superficial, já que facilita o processo de interpretação das palavras no texto.

Questão de Literatura - ENEM 2011 - Quem é pobre, pouco se apega, é um giro-o-giro no vago dos gerais, que nem os pássaros de rios e lagoas

ENEM 2011 - Quem é pobre, pouco se apega, é um giro-o-giro no vago dos gerais, que nem os pássaros de rios e lagoas. O senhor vê: o Zé-Zim, o melhor meeiro meu aqui, risonho e habilidoso. Pergunto: — Zé-Zim, por que é que você não cria galinhas-d‘angola, como todo o mundo faz? — Quero criar nada não... — me deu resposta: — Eu gosto muito de mudar... [...] Belo um dia, ele tora. Ninguém discrepa. Eu, tantas, mesmo digo. Eu dou proteção. [...] Essa não faltou também à minha mãe, quando eu era menino, no sertãozinho de minha terra. [...] Gente melhor do lugar eram todos dessa família Guedes, Jidião Guedes; quando saíram de lá, nos trouxeram junto, minha mãe e eu. Ficamos existindo em território baixio da Sirga, da outra banda, ali onde o de-Janeiro vai no São Francisco, o senhor sabe.
ROSA, J. G. Grande Sertão: Veredas. Rio de Janeiro: José Olympio (fragmento).

Na passagem citada, Riobaldo expõe uma situação decorrente de uma desigualdade social típica das áreas rurais brasileiras marcadas pela concentração de terras e pela relação de dependência entre agregados e fazendeiros. No texto, destaca-se essa relação porque o personagem-narrador
a) relata o seu interlocutor a história de Zé-Zim, demonstrando sua pouca disposição em ajudar seus agregados, uma vez que superou essa condição graças à sua força de trabalho. 
b) descreve o processo de transformação de um meeiro — espécie de agregado — em proprietário de terra. 
c) denuncia a falta de compromisso e a desocupação dos moradores, que pouco se envolvem no trabalho da terra. 
d) mostra como a condição material da vida do sertanejo é dificultada pela sua dupla condição de homem livre e, ao mesmo tempo, dependente. 
e) mantém o distanciamento narrativo condizente com sua posição social, de proprietário de terras.

RESPOSTA:
Letra D.

O romance “Grande Sertão: Veredas” é considerado uma das mais significativas obras da literatura brasileira. Publicada em 1956, Guimarães Rosa fundiu nesse romance elementos do experimentalismo linguístico da primeira fase do modernismo e a temática regionalista da segunda fase do movimento Nesse trecho, o autor buscou expor a realidade da desigualdade social do Nordeste decorrente da concentração de muitas terras nas mãos de poucos e a real situação de dependência financeira e psicossocial do sertanejo em relação a seu patrão. A opção D confirma o dito acima, uma vez que, apesar de ser homem livre, o meeiro Zé-Zim depende da proteção de seu patrão para que sobreviva em diversos aspectos.

Questão de Espanhol - UCPEL 2011 - LA EMIGRACIÓN AL REVÉS: VIENEN ACÁ

UCPEL 2011 -  
[1] LA EMIGRACIÓN AL REVÉS: VIENEN ACÁ
[2] La crisis está llevando a europeos jóvenes a buscar trabajo en Latinoamérica y África. Uruguay recibió a 6.800 españoles
[3] entre junio 2009 y fines del 2010.
[4] AP | BARRY HATTON
[5] ________________________________ Ahora se está produciendo una corriente histórica inversa y estas
[6] naciones ven cómo legiones de jóvenes frustrados emigran a los viejos dominios en busca de una vida mejor.
[7] La deuda y el desempleo están alterando los tradicionales patrones migratorios y haciendo que una generación
[8] de profesionales formados en el Viejo Mundo intente vivir la buena vida en continentes que alguna vez
[9] menospreciaron.
[10] Los portugueses están buscando fortuna en Angola y Mozambique, así como en Brasil, donde escasean los
[11] ingenieros en momentos en que el país se prepara para organizar la Copa Mundial de fútbol del 2014 y los
[12] Juegos Olímpicos del 2016 en Río de Janeiro. Los españoles, por su parte, se encaminan hacia sus antiguas
[13] colonias de Latinoamérica.
[14] Si bien los analistas dicen que es difícil medir la escala de esta nueva emigración porque aún no se dispone de
[15] estadísticas oficiales, hay datos reveladores. El Observatorio de la Emigración de Portugal dice que la cantidad
[16] de portugueses anotados en los consulados de Brasil subió de 678.822 en el 2009 a 705.615 el año pasado.
[17] Y el número de permisos de residencia concedidos por Mozambique a portugueses en el 2010 fue de casi
[18] 12.000, 13% más que el año previo.
[19] Los registros electorales españoles, por otro lado, indican que unos 30.000 emigraron a Argentina entre junio
[20] del 2009 y noviembre del 2010, lo que representa un 11% más que en el mismo período el año previo. Unos
[21] 6.400 fueron a Chile (un aumento del 24%) y 6.800 a Uruguay (aumento del 16%).
[22] En España, donde una de cada cinco personas no tiene trabajo, las oportunidades que ofrece Latinoamérica
[23] son un poderoso imán para quienes vieron sus carreras interrumpidas por la recesión. (…)
[24] La modesta economía portuguesa no está en condiciones de darle trabajo a la generación más educada de su
[25] historia. Unos 60.000 profesionales no tienen trabajo y muchos más tienen empleos sin futuro, con sueldos
[26] ínfimos.
[27] La emigración allí no es un fenómeno nuevo. El investigador Alvaro Santos calcula que entre 1998 y 2008
[28] emigraron unos 700 mil portugueses. Buena parte se fue a dos de los países con mayores índices de crecimiento,
[29] las ex colonias Angola y Mozambique, donde se habla portugués.
[30] La emigración de profesionales jóvenes es una de las consecuencias de la crisis que vive Europa, (…) contener
[31] esa sangría es casi tan importante como combatir el endeudamiento. Están perdiendo gente que podría ayudar
[32] a salir de la crisis o que será necesaria para la recuperación.
http://www.elpais.com.uy/suplemento/ds/la-emigracion-al-reves-vienen-aca/sds_563037_110501.html

Aponte a alternativa que contém a primeira frase do texto e que foi eliminada da linha 5. 
a) Los países de Europa se niegan a cambiar sus tradiciones migratorias. 
b) España y Portugal fueron por décadas un imán que atrajo a inmigrantes pobres de sus antiguas colonias. 
c) España y Portugal menosdesprecian sus colonias en otros continentes. 
d) África y Latinoamérica se unen en la lucha contra la recesión. 
e) El Viejo y el Nuevo Mundo tienen mayores índices de crecimiento.

RESPOSTA:
Letra B.

A partir da análise do texto, infere-se que a primeira frase do texto está contida na alternativa "b", uma vez que ao apresentar "La emigración al revés", subentende-se que os antigos colonizadores estão sendo alvo de imigrações.

Questão de Literatura - ENEM PPL 2010 - Quincas Borba mal podia encobrir a satisfação do triunfo.

ENEM PPL 2010 - Quincas Borba mal podia encobrir a satisfação do triunfo. Tinha uma asa de frango no prato, e trincava–a com filosófica serenidade. Eu fiz–lhe ainda algumas objeções, mas tão frouxas, que ele não gastou muito tempo em destruí–las.

— Para entender bem o meu sistema, concluiu ele, importa não esquecer nunca o princípio universal, repartido e resumido em cada homem. Olha: a guerra, que parece uma calamidade, é uma operação conveniente, como se disséssemos o estalar dos dedos de Humanitas; a fome ( e ele chupava filosoficamente a asa do frango), a fome é uma prova a que Humanitas submete a própria víscera. Mas eu não quero outro documento da sublimidade do meu sistema, senão este mesmo frango. Nutriu–se de milho, que foi plantado por um africano, suponhamos, importado de Angola. Nasceu esse africano, cresceu, foi vendido; um navio o trouxe, um navio construído de madeira cortada no mato por dez ou doze homens, levado por velas, que oito ou dez homens teceram, sem contar a cordoalha e outras partes do aparelho náutico. Assim, este frango, que eu almocei agora mesmo, é o resultado de uma multidão de esforços e lutas, executadas com o único fim de dar mate ao meu apetite.

ASSIS, M. Memórias póstumas de Brás Cubas. Rio de Janeiro: Civilização Brasiliense, 1975.
A filosofia de Quincas Borba - A Humanitas - contém princípios que, conforme a explanação do personagem, consideram a cooperação entre as pessoas uma forma de
a) lutar pelo bem da coletividade. 
b) atender a interesses pessoais. 
c) erradicar a desigualdade social. 
d) minimizar as diferenças individuais. 
e) estabelecer vínculos sociais profundos.

RESPOSTA:
Letra B.

Questão de Literatura - FACASPER 2011 - Sobre Os da minha rua, de Ondjaki, é correto afirmar que

FACASPER 2011 - Sobre Os da minha rua, de Ondjaki, é correto afirmar que: 
a) Trata-se de uma reunião de contos cuja temática está voltada aos bairros pobres de Luanda, vistos a partir da perspectiva da deliciosa fala de seus habitantes. A simplicidade é o atrativo suficiente nesses saborosos “causos” e seu esforço de recriação da linguagem oral. 
b) Trata-se de uma reportagem autobiográfica por meio da qual o autor resolve contar suas experiências no continente africano. É um fluxo narrativo que mistura lembranças da infância, o registro do dia a dia em Angola e a descrição dos horrores da guerra de independência. 
c) Trata-se de um romance construído a partir de um monólogo interior da personagem principal, alter ego do autor, durante sua vida em Luanda. É um testemunho inesquecível sobre a colonização portuguesa em Angola, no qual as reflexões sobre a infância se entrelaçam às lembranças da guerra. 
d) Trata-se de uma reunião de pequenos ensaios que mostram um outro lado da literatura de expressão portuguesa. Não apenas as experiências de oralidade e africanização da língua, mas também uma visão cética e perspicaz que não poupa nada ou ninguém, que ri de tudo e de todos e, assim, lança um novo olhar sobre a realidade angolana. 
e) Trata-se de uma reunião de crônicas, que oscilam entre os registros escrito e oral, por meio das quais o autor reconstrói o universo de sua infância e o correr da vida em Luanda: a escola e os professores, brincadeiras e descobertas, festas em casa dos amigos – matéria esta tecida pelos fios da memória, do afeto e da identidade.

RESPOSTA:
Letra E.

Questão de Literatura - UFT 2020 - Leia o fragmento para responder a QUESTÃO. Horácio não gostava de ser contestado

UFT 2020 - Leia o fragmento para responder a QUESTÃO

Horácio não gostava de ser contestado, mas compreendeu não era bom tema de conversa. Voltou à literatura, aconselhando os outros a lerem Drummond de Andrade, na sua opinião o melhor poeta de língua portuguesa de sempre. Qual Camões, qual Pessoa, Drummond é que era, tudo estava nele, até a situação de Angola se podia inferir na sua poesia. Por isso vos digo, os portugueses passam a vida a querer-nos impingir a sua poesia, temos de a estudar na escola, e escondem-nos os brasileiros, nossos irmãos, poetas e prosadores sublimes, relatando os nossos problemas e numa linguagem bem mais próxima da que falamos nas cidades. Quem não leu Drummond é um analfabeto. Os outros iam comendo, trocando de vez em quando olhares cúmplices. Até que Malongo e Vítor terminaram a refeição. Malongo despediu-se, levantando-se, um analfabeto vos saúda. Vítor e Furtado riram, Horácio fingiu que não ouviu. Agarrou no braço de Furtado e continuou a cultivá-lo com versos de Drummond e os seus próprios, dedicados ao grande brasileiro.
Fonte: PEPETELA. A geração da utopia. Rio de Janeiro: Nova Fronteira: 2000, p. 30-31 (fragmento).

No fragmento do romance do escritor angolano Pepetela, Horácio aconselha seus amigos Malongo, Vítor e Furtado a lerem o poeta Drummond de Andrade.

Analise as afirmativas a seguir.
I. A poesia de Drummond é melhor que a de Camões e de Pessoa.
II. Há uma aproximação entre a literatura de Drummond e a realidade angolana.
III. Nas escolas portuguesas se estuda a poesia de Drummond.
IV. A poesia de Drummond está sendo usada para alfabetizar nas escolas angolanas.
V. As obras dos literatos brasileiros possuem uma linguagem próxima a dos angolanos nas cidades.

Assinale a alternativa CORRETA.
a) Apenas as afirmativas II, IV e V estão corretas. 
b) Apenas as afirmativas II, III e IV estão corretas. 
c) Apenas as afirmativas I, II e V estão corretas. 
d) Apenas as afirmativas I, III e V estão corretas.

RESPOSTA:
Letra C.

Questão de Português - ETEC 2015/2 - O trecho da letra da música “Esse jongo é meu”, de Osvaldinho da Cuíca

ETEC 2015/2 - O trecho da letra da música “Esse jongo é meu”, de Osvaldinho da Cuíca, traz referências a elementos culturais transportados por africanos ao Brasil – entre eles, o jongo – cantado em forma de versos entre duas pessoas que improvisam desafios uma à outra.

Sou cantador, sou violeiro
É na enxada que eu labuto o dia inteiro
Quando brilha a luz da lua
É que eu canto no terreiro

Esse jongo é meu
Quem mandou você entrar
Só batuca nesse jongo
Batuqueiro do lugar

Esse jongo não é seu
Meu avô trouxe de Angola
Me ensinou a desatar
Verso de gente gabola*

* vaidoso, fanfarrão
<http://tinyurl.com/jw5oqy3> Acesso em: 25.04.2015. Adaptado.

Considerando a letra da música, conclui-se corretamente que o jongo 
a) não é acompanhado por instrumentos musicais. 
b) não se difundiu para além da região de Angola. 
c) era um castigo imposto a africanos rebeldes. 
d) é de origem angolana e era cantado à noite. 
e) é uma forma de luta semelhante à capoeira.

RESPOSTA:
Letra D.

Questão de Português - ENEM PPL 2009 - Em 1697, publicou–se, em Lisboa, "A arte da língua de Angola"

ENEM PPL 2009 - Em 1697, publicou–se, em Lisboa, "A arte da língua de Angola", a mais antiga gramática de uma língua banto, escrita na Bahia, para uso dos jesuítas, com o objetivo de facilitar a doutrinação de negros angolanos. Os aportes bantos ou "bantuismos", palavras africanas que se incorporaram à língua portuguesa no Brasil, estão associados ao regime da escravidão (senzala, mucama, banguê, quilombo). A maioria dessas palavras está completamente integrada ao sistema linguístico do português brasileiro, formando derivados da língua com base na raiz banto (esmolambado, dengoso, sambista, xingamento, mangação, molequeira, caçulinha, quilombola). 
CASTRO, Yeda P. de. Das línguas africanas ao português brasileiro. Revista eletrônica do IPHAN. Dossiê Línguas do Brasil, nº 6 – jan/fev. 2007. Disponível em: . Acesso em: 09 fev.2009 (adaptado). 
Dado o fato histórico-linguístico de incorporação de “bantuismos” na língua portuguesa, conclui-se que 
a) os grupos dominantes recusam a cultura de setores menos favorecidos da sociedade. 
b) a língua é um fenômeno orgânico e histórico cuja dinâmica impossibilita seu controle. 
c) os jesuítas foram os responsáveis pela difusão da língua banto no Brasil. 
d) o idioma dos escravos tinha prestígio social, a ponto de merecer um estudo gramatical no século XVII. 
e) os vocábulos portugueses derivados das línguas banto evidenciam a ocorrência de uma ruptura entre essas línguas.

RESPOSTA:
Letra B.

Questão de Literatura - FACASPER 2017 - Sobre Mayombe, de Pepetela, é correto afirmar que

FACASPER 2017 - Sobre Mayombe, de Pepetela, é correto afirmar que: 
a) O romance trata dos velhos fantasmas coloniais que se perpetuaram com a independência de Angola e que sacudiram a frágil sustentação da utopia que mediara o empenho, fundindo ética e estética no projeto literário do continente africano. 
b) Em Mayombe o clima de diálogo predomina, mas as conversas são atravessadas pelos sinais da incomunicabilidade. A incompreensão, a rivalidade, as intrigas manifestas ou tão somente sugeridas fazem prever a irrealização dos propósitos que teriam levado à luta. c) Palco de situações expressivas da atmosfera predominante naquele momento histórico, a floresta labiríntica e traiçoeira funciona estrategicamente como uma alegoria do projeto de nação imaginado e perseguido pelos militantes. 
d) A língua em estilhaços, o ritmo desgovernado da memória, o entrecruzamento de referências culturais, o aproveitamento possível de elementos identificados com a tradição integram a estratégia do autor na escolha da floresta como espaço privilegiado do romance. 
e) Politizado, o Mayombe é lugar de conflito e contradição, podendo ser visto como uma representação de Luanda, a capital do país, onde a luta ia ganhando força e onde, em novembro de 1975, se proclama a independência do país.

RESPOSTA:
Letra E.

Questão de Literatura - UFV 2004 - Abaixo, apresentamos fragmentos retirados dos contos da obra 100 coisas, de Fernando Bonassi

UFV 2004 - Abaixo, apresentamos fragmentos retirados dos contos da obra 100 coisas, de Fernando Bonassi. Assinale a alternativa cujo fragmento NÃO contém uma intertextualidade: 
a) Romeu nasceu em Aparecida. Julieta em Lorena, mas foi pagar promessa de pólio curada e casou com ele. 
b) Antes de casar, Zeca escolheu muita mulher até escolher Silvia, que engordou. Já Hirani escolheu Dario, que bate nela. 
c) Minha terra tem campos de futebol, onde cadáveres amanhecem emborcados pra atrapalhar os jogos. 
d) João amava Maria, que se deixava amar por João sem medo de amálo. Maria fazia coisas pra João, que apreciava. 
e) Pai nosso que estais no céu bem longe daqui, santificado é o vosso nome, desconfio que por isso mesmo.

RESPOSTA:
Letra B.

Questão de Literatura - UFV 2004 - Assinale a alternativa que contém uma afirmação FALSA sobre os contos do livro 100 coisas, de Fernando Bonassi

UFV 2004 - Assinale a alternativa que contém uma afirmação FALSA sobre os contos do livro 100 coisas, de Fernando Bonassi. 
a) Inseridos no contexto da produção literária contemporânea, os contos retratam a decadência, a miséria e a pobreza da realidade urbana, expondo cenas da banalidade e violência cotidianas. 
b) A dupla interpretação sugerida no título 100 coisas remete-nos a um esvaziamento de sentido da vida humana, característica da narrativa denominada pós-moderna. 
c) A estrutura narrativa dos contos, composta de frases curtas e diretas, expõe uma linguagem objetiva, exigindo do leitor uma interferência na construção dos sentidos. 
d) As temáticas presentes nos contos trazem à tona as tensões do tecido social urbano e dão visibilidade a personagens que povoam os espaços periféricos e marginais da sociedade brasileira atual. 
e) O caráter autobiográfico dos contos pode ser percebido nas intervenções do autor, que cria mecanismos de identificação com os personagens excluídos e empreende uma autocrítica.

RESPOSTA:
Letra E.

Questão de Literatura - UFV 2004 - As afirmativas a seguir contêm informações sobre O Mistério da Casa Verde e Lucíola

UFV 2004 - As afirmativas a seguir contêm informações sobre O Mistério da Casa Verde e Lucíola, obras, respectivamente, de Moacir Scliar e José de Alencar. Assinale a afirmativa INCORRETA: 
a) A obra O Mistério da Casa Verde constrói-se numa relação intertextual com o conto “O Alienista”, cuja trama ajudou a elucidar os obscuros episódios que assustavam os habitantes da pequena Itaguaí. 
b) O mistério que envolvia “a casa verde” esclareceu-se com a descoberta de que nela vagava o fantasma do personagem machadiano Simão Bacamarte. 
c) Em O Mistério da Casa Verde Moacir Scliar retomou a temática da loucura e confirmou a importância dos conhecimentos científicos para a literatura da segunda metade do século XIX. 
d) Lucíola, a heroína do romance homônimo, abandonou a vida de luxúria por força de um amor tipicamente romântico, intenso e regenerador de caracteres. 
e) Em Lucíola, ao abordar a prostituição como uma questão social e não apenas individual, José de Alencar antecipou o Realismo denunciando as contradições do mundo burguês.

RESPOSTA:
Letra B.

Questão de Literatura - UFV 2004 - A respeito de Memórias de um Sargento de Milícias, assinale a afirmativa INCORRETA

UFV 2004 - A respeito de Memórias de um Sargento de Milícias, assinale a afirmativa INCORRETA: 
a) A narrativa opõe-se ao modelo do romance romântico, sobretudo pela figura de seu protagonista, um herói-malandro que não pertence à “classe dominante”. 
b) A obra é considerada um romance de costumes por descrever, com fidelidade, os hábitos, as cenas e os lugares pitorescos do Rio de Janeiro da época de D. João VI. 
c) Luisinha, o eterno amor de Leonardo Filho, possui dotes físicos, morais e culturais que a identificam como uma autêntica heroína romântica. 
d) Manoel Antônio de Almeida satiriza neste livro a sociedade carioca dos tempos joaninos, sem, contudo, utilizar um vocabulário baixo e de expressões censuráveis. 
e) A significativa presença de personagens populares, e pertencentes às classes intermediárias da sociedade, transforma a obra de Manoel Antônio de Almeida em precursora da estética realista.

RESPOSTA:
Letra C.

Questão de Literatura - UFV 2004 - Machado de Assis foi notabilizado pela crítica por sua capacidade de construir personagens

UFV 2004 - Machado de Assis foi notabilizado pela crítica por sua capacidade de construir personagens bastante complexas, de dimensão psicológica profunda, que desmascaram as convenções sociais hipócritas. Assinale a alternativa que indica a personagem que comprova essa afirmativa. 
a) A cartomante, de “A cartomante”. 
b) Inácio, de “Uns braços”. 
c) Fortunato, de “A causa secreta”. 
d) Garcia, de “A causa secreta”. 
e) Camilo, de “A cartomante”.

RESPOSTA:
Letra C.

Questão de Literatura - UFV 2004 - A voz narradora de As mulheres de Tijucopaco, romance de Marilene Felinto

UFV 2004 - A voz narradora de As mulheres de Tijucopaco, romance de Marilene Felinto, revela uma personalidade inquieta, ambígua, à procura de um sentido para a vida. Entre as alternativas abaixo, assinale aquela que NÃO confirma tal personalidade. 
a) Ódio incontido pelos pais. 
b) Forte reserva moral. 
c) Espanto diante da própria existência. 
d) Questionamento sobre a sexualidade. 
e) Conformismo verdadeiro diante dos acontecimentos.

RESPOSTA:
Letra E.

Questão de Português - UERJ 2017/1 - Vivemos num mundo confuso e confusamente percebido.

UERJ 2017/1 - 
[1] Vivemos num mundo confuso e confusamente percebido. De fato, se desejamos escapar à crença
de que esse mundo assim apresentado é verdadeiro, e não queremos admitir a permanência
de sua percepção enganosa, devemos considerar a existência de pelo menos três mundos num
só. O primeiro seria o mundo tal como nos fazem vê-lo: a globalização como fábula. O segundo
[5] seria o mundo tal como ele é: a globalização como perversidade. E o terceiro, o mundo como
ele pode ser: uma outra globalização.
Este mundo globalizado, visto como fábula, constrói como verdade um certo número de
fantasias. Fala-se, por exemplo, em aldeia global para fazer crer que a difusão instantânea de
notícias realmente informa as pessoas. A partir desse mito e do encurtamento das distâncias
[10] – para aqueles que realmente podem viajar – também se difunde a noção de tempo e espaço
contraídos. É como se o mundo houvesse se tornado, para todos, ao alcance da mão. Um
mercado avassalador dito global é apresentado como capaz de homogeneizar o planeta quando,
na verdade, as diferenças locais são aprofundadas. O mundo se torna menos unido, tornando
também mais distante o sonho de uma cidadania de fato universal. Enquanto isso, o culto ao
[15] consumo é estimulado.
Na verdade, para a maior parte da humanidade, a globalização está se impondo como uma
fábrica de perversidades. O desemprego crescente torna-se crônico. A pobreza aumenta e as
classes médias perdem em qualidade de vida. O salário médio tende a baixar. A fome e o
desabrigo se generalizam em todos os continentes. Novas enfermidades se instalam e velhas
[20] doenças, supostamente extirpadas, fazem seu retorno triunfal.
Todavia, podemos pensar na construção de um outro mundo, mediante uma globalização
mais humana. As bases materiais do período atual são, entre outras, a unicidade da técnica,
a convergência dos momentos e o conhecimento do planeta. É nessas bases técnicas que o
grande capital se apoia para construir a globalização perversa de que falamos acima. Mas essas
[25] mesmas bases técnicas poderão servir a outros objetivos, se forem postas a serviço de outros
fundamentos sociais e políticos.
MILTON SANTOS
Adaptado de Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. Rio de Janeiro: Record, 2004.

Na verdade, para a maior parte da humanidade, a globalização está se impondo como uma fábrica de perversidades.(l. 16-17)
No terceiro parágrafo, as frases posteriores ao trecho citado desenvolvem a argumentação do autor por meio da apresentação de:
a)hipóteses
b)evidências
c)digressões
d)discordâncias

RESPOSTA:
Letra B.

O autor apresenta a tese de que "a globalização está se impondo como uma fábrica de perversidades". Para argumentar em defesa de tal posicionamento, são utilizadas evidências que podem ser percebidas pela experiência de vida do próprio leitor, uma vez que se relacionam com fenômenos reais como desemprego e pobreza.

Questão de Português - UFAL 2014/2 - A questão refere-se à figura abaixo. Dadas as afirmativas a seguir, considerando os impactos da globalização

UFAL 2014/2 - A questão refere-se à figura abaixo.
Dadas as afirmativas a seguir, considerando os impactos da globalização e as ideias apreendidas na charge, I. A globalização é um processo impactante, sentido de diferentes maneiras, dependendo da posição que ocupamos na sociedade. 
II. Ao referir-se à globalização, o autor da charge pretende incitar a reflexão acerca dos múltiplos significados que os atuais processos de globalização apresentam. 
III. A partir das ideias presentes na charge, é possível confirmar que há diferenças e desigualdades sociais implicadas neste movimento. 
verifica-se que está(ão) correta(s) 
a) I, apenas. 
b) III, apenas. 
c) I e II, apenas. 
d) II e III, apenas. 
e) I, II e III.

RESPOSTA:
Letra E.

Questão de Inglês - UNICAMP 2019 - O post anterior aponta

UNICAMP 2019 - O post anterior aponta 
a) as vantagens da globalização para o consumidor e os problemas causados pela imigração. 
b) o impacto negativo dos processos migratórios no modo como as culturas vêm sendo globalizadas. 
c) os efeitos da globalização no nosso cotidiano e o preconceito contra imigrantes. 
d) o consumo excessivo de produtos estrangeiros no mundo capitalista contemporâneo.

RESPOSTA:
Letra C.

O texto aponta como diversos aspectos do cotidiano são consequências da globalização (“[...] Car is german [...]”, “[...] eletronics are Chinese [...]”, “[...] Coffee is Brazilian...”) e questiona o fato de que ainda existam pessoas que consideram imigração algo negativo.

Questão de Português - UEG 2018/1 - O mundo como pode ser: uma outra globalização

UEG 2018/1 - O mundo como pode ser: uma outra globalização

Podemos pensar na construção de um outro mundo a partir de uma globalização mais humana. As bases materiais do período atual são, entre outras, a unicidade da técnica, a convergência dos momentos e o conhecimento do planeta. É nessas bases técnicas que o grande capital se apoia para construir uma globalização perversa. Mas essas mesmas bases técnicas poderão servir a outros objetivos, se forem postas a serviço de outros fundamentos sociais e políticos. Parece que as condições históricas do fim do século XX apontavam para esta última possibilidade. Tais novas condições tanto se dão no plano empírico quanto no plano teórico.

Considerando o que atualmente se verifica no plano empírico, podemos, em primeiro lugar, reconhecer um certo número de fatos novos indicativos da emergência de uma nova história. O primeiro desses fenômenos é a enorme mistura de povos, raças, culturas, gostos, em todos os continentes. A isso se acrescente, graças ao progresso da informação, a “mistura” de filosofia, em detrimento do racionalismo europeu. Um outro dado de nossa era, indicativo da possibilidade de mudanças, é a produção de uma população aglomerada em áreas cada vez menores, o que permite um ainda maior dinamismo àquela mistura entre pessoas e filosofias. As massas, de que falava Ortega y Gasset na primeira metade do século (A rebelião das massas, 1937), ganham uma nova qualidade em virtude de sua aglomeração exponencial e de sua diversificação. Trata-se da existência de uma verdadeira sociodiversidade, historicamente muito mais significativa que a própria biodiversidade. Junte-se a esses fatos a emergência de uma cultura popular que se serve dos meios técnicos antes exclusivos da cultura de massas, permitindo-lhe exercer sobre esta última uma verdadeira revanche ou vingança.

É sobre tais alicerces que se edifica o discurso da escassez, afinal descoberta pelas massas. A população, aglomerada em poucos pontos da superfície da Terra, constitui uma das bases de reconstrução e de sobrevivência das relações locais, abrindo a possiblidade de utilização, ao serviço dos homens, do sistema técnico atual.

No plano teórico, o que verificamos é a possiblidade de produção de um novo discurso, de uma nova metanarrativa, um grande relato. Esse novo discurso ganha relevância pelo fato de que, pela primeira vez na história do homem, se pode constatar a existência de uma universalidade empírica. A universalidade deixa de ser apenas uma elaboração abstrata na mente dos filósofos para resultar da experiência ordinária de cada pessoa. De tal modo, em mundo datado como o nosso, a explicação do acontecer pode ser feita a partir de categorias de uma história concreta. É isso, também, que permite conhecer as possiblidade existentes e escrever uma nova história.
SANTOS, Milton. Por uma outra globalização. 13. ed. São Paulo: Record, 2006. p. 20-21. (Adaptado).

No enunciado “É sobre tais alicerces que se edifica o discurso da escassez, afinal descoberta pelas massas”, a parte “afinal descoberta pelas massas” estabelece o seguinte pressuposto:
a) a escassez é um discurso baseado em teorias. 
b) as massas descobriram a existência da escassez. 
c) a escassez já existia antes de as massas a descobrirem. 
d) as massas eram proibidas de conhecer o discurso da escassez. 
e) o discurso da escassez existe desde o começo da globalização.

RESPOSTA:
Letra C.

Questão de Português - ESCS 2015 - É comum afirmar que a ideia da lusofonia surge com a primeira globalização

ESCS 2015 - É comum afirmar que a ideia da lusofonia surge com a primeira globalização: a aventura dos descobrimentos marítimos portugueses e a consequente difusão de sua língua e cultura. De fato, percorrer o mundo, apesar das especificidades sócio econômico- culturais de cada comunidade de língua oficial portuguesa (Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste), significa, via de regra, deparar-se com sons, cores e sabores da nossa língua comum.

Apresentada como um sistema de comunicação linguístico-cultural no âmbito da língua portuguesa e de suas variantes linguísticas, a lusofonia não pode ser restrita ao que as fronteiras nacionais delimitam. Nesse modo de conceber a lusofonia, há que se considerar as muitas comunidades espalhadas pelo mundo e que constituem a chamada “diáspora lusa” e as localidades em que, se bem que nomeiem o português como língua de “uso”, na verdade, ela seja minimamente (se tanto) utilizada: Macau, Goa, Diu, Damão e Málaca. Além disso, como lembra o pensador português Eduardo Lourenço, lusofonia é inconcebível sem a inclusão da Galiza.
Regina Helena Pires de Brito. A viagem da língua portuguesa. Internet: (com adaptações).
Infere-se do texto acima que
a) a globalização, por permitir a troca rápida de informações, permitiu a difusão tanto da língua quanto da cultura dos países de língua portuguesa, especialmente de Portugal, em decorrência do espírito de aventura dos portugueses. 
b) a lusofonia, em sentido amplo, não coincide com a comunidade dos países cuja língua oficial seja o português — ou ao menos inclua o português. 
c) o conceito de variação linguística é imprescindível à caracterização da lusofonia, de modo que, se não houvesse variação — seja linguística, seja cultural —, o próprio conceito de lusofonia seria inconcebível. 
d) a língua portuguesa, assim como a unidade representada pela lusofonia, foi introduzida na Ásia, na África e na América no mesmo período histórico.

RESPOSTA:
Letra B.

Questão de Português - FUVEST 2022 - Por mais bem informado que você possa ser, não dá para baixar a guarda.

FUVEST 2022 - Por mais bem informado que você possa ser, não dá para baixar a guarda. Mas por que as notícias falsas – mesmo aquelas mais improváveis – parecem tão convincentes para tantas pessoas? Van Bavel, professor de psicologia e ciência neural da Universidade de Nova York, se especializou em entender como as crenças políticas e identidades de grupo influenciam a mente, e descobriu que a identificação com posições políticas pode interferir em como o cérebro processa as informações. Tendemos a rejeitar fatos que ameaçam nosso senso de identidade e sempre buscar informações que confirmem nossas próprias crenças, seja por meio de memórias seletivas, leituras de fontes que estão do nosso lado ou mesmo interpretando os fatos de determinada maneira. Isso tudo está relacionado a não querermos ter nossas ideias, gostos, identidade questionados, e por isso temos dificuldade em aceitar o que contradiz aquilo em que acreditamos. 
Ana Prado. “A ciência explica por que caímos em fake news”. Superinteressante. 15/06/2018. Adaptado. 
De acordo com o texto, 
(A) as pessoas bem informadas estão protegidas de polêmicas, uma vez que o modo como processam os fatos tornam suas opiniões mais convincentes. 
(B) o posicionamento político garante a disseminação de notícias verdadeiras e resulta de crenças já estabelecidas socialmente. 
(C) a rejeição a questionamentos impede que se admitam pontos de vista antagônicos, em razão da tendência de se confirmar crenças pessoais. 
(D) as memórias seletivas auxiliam na rejeição de fatos contrários à realidade, já que conduzem à interpretação das reportagens de modo imparcial. 
(E) os fatos hostis normalmente são preteridos por grande parte da sociedade, embora sejam utilizados como identificador cultural.

RESPOSTA:
Letra C.

Questão de Português - UFMS 2019 - Analise os elementos empregados na construção da letra da canção e assinale a alternativa correta. A Via Láctea

UFMS 2019 - Analise os elementos empregados na construção da letra da canção e assinale a alternativa correta.

A Via Láctea

Quando tudo está perdido
Sempre existe um caminho
Quando tudo está perdido
Sempre existe uma luz
Mas não me diga isso
Hoje a tristeza não é passageira
Hoje fiquei com febre a tarde inteira
E quando chegar a noite
Cada estrela parecerá uma lágrima
Queria ser como os outros
E rir das desgraças da vida
Ou fingir estar sempre bem
Ver a leveza das coisas com humor
Mas não me diga isso
É só hoje e isso passa
Só me deixe aqui quieto isso passa
Amanhã é um outro dia, não é?
Eu nem sei porque me sinto assim
Vem de repente um anjo triste perto de mim
E essa febre que não passa
E meu sorriso sem graça
Não me dê atenção
Mas obrigado por pensar em mim
Quando tudo está perdido
Sempre existe uma luz
Quando tudo está perdido
Sempre existe um caminho
Quando tudo está perdido
Eu me sinto tão sozinho
Quando tudo está perdido
Não quero mais ser quem eu sou
Mas não me diga isso
Não me dê atenção
E obrigado por pensar em mim
(LEGIÃO URBANA. A tempestade ou O livro dos dias (álbum). Rio de Janeiro: EMI Music Ltda, 1996). 
a) Nos versos iniciais, predomina uma relação de valor causal na articulação entre os seus enunciados, revelando a importância dos elementos mencionados para o sujeito da letra. 
b) Nela, recorre-se à metáfora para explicitar o estado melancólico do sujeito, conforme se evidencia na associação construída entre os vocábulos “lágrima” e “estrela”. 
c) O enunciado “Quando tudo está perdido”, repetido por seis vezes ao longo da letra da canção, remete ao estado de desesperança em que o sujeito se encontra. 
d) As figuras “anjo triste” e “sorriso sem graça” destoam de outras que se verificam no texto, em razão de conferirem traços que alimentam a crença do sujeito na reversão do estado vivido. e) A construção da letra da canção como um diálogo contribui para atenuar a sensação de melancolia a que o sujeito se vê exposto.

RESPOSTA:
Letra C.

Questão de Literatura - UFMS - Leia a letra da canção “Sofrimento: Angra dos Reis”, da Legião Urbana, para responder à questão.

UFMS  - Leia a letra da canção “Sofrimento: Angra dos Reis”, da Legião Urbana, para responder à questão.

Sofrimento: Angra dos Reis

“Deixa, se fosse sempre assim
Quente, deita aqui perto de mim
Tem dias que tudo está em paz
E agora os dias são iguais
Se fosse só sentir saudade
Mas tem sempre algo mais
Seja como for
É uma dor que dói no peito
Pode rir agora
Que estou sozinho
Mas não venha me roubar
Vamos brincar perto da usina
Deixa pra lá
A Angra dos Reis
Por que se explicar
Se não existe perigo?
Senti teu coração perfeito
Batendo à toa e isso dói
Seja como for
É uma dor que dói no peito
Pode rir agora
Que estou sozinho
Mas não venha me roubar
Vai ver que não é nada disso
Vai ver que já não sei quem sou
Vai ver que nunca fui o mesmo
A culpa é toda sua e nunca foi
Mesmo se as estrelas
Começassem a cair
E a luz queimasse tudo ao redor
E fosse o fim chegando cedo
Você visse o nosso corpo
Em chamas!
Deixa pra lá
Quando as estrelas
Começarem a cair
Me diz, me diz
Pr’onde é
Que a gente vai fugir?.”
(RUSSO, Renato; ROCHA, Renato; BONFÁ, Marcelo. “Sofrimento: Angra dos Reis”. Lançamento: 1987. Álbum: Que país é este, da banda Legião Urbana).

A canção acima faz referência a uma geração do Romantismo no Brasil.
Assinale a alternativa que apresenta essa geração com sua respectiva característica e autor. 
a) Primeira geração: no indianismo, encontramos elementos como a depressão, o devaneio, o sonho e a perspectiva da morte, características encontradas na poesia de Álvares de Azevedo. 
b) Segunda geração: no indianismo, é comum ver a representação do índio como o “bom selvagem”, bem como o reconhecimento do índio como um símbolo de nacionalidade. Encontra-se como principal representante Castro Alves. 
c) Segunda geração: é denominada “Ultrarromântica” ou a Geração “Mal do Século”. Os principais temas dessa fase são: morte, amor não correspondido, tédio, insatisfação e pessimismo. Seu principal representante é Álvares de Azevedo. 
d) Terceira geração: conhecida como "Geração Condoreira", uma vez que esteve marcada pela liberdade e uma visão mais ampla, características da ave que habita a Cordilheira dos Andes, o condor. Seu principal representante é Castro Alves. 
e) Primeira geração: conhecida como “Mal do século”, por apresentar características como a melancolia e o pessimismo, sentimentos exacerbados e fuga da realidade. Seu representante é Gonçalves Dias.

RESPOSTA:
Letra C.

Questão de Inglês - FATEC 2010/2 - HAITI'S INDENTURED CHIlDREN

FATEC 2010/2 - HAITI'S INDENTURED CHIlDREN

THE DAYS AFTER HAITI'S EARTHQUAKE brought joyous reunions for some families. Others faced the grim reality that they'd been suddenly robbed of parents or offspring. But for Haiti's 225,000 restaveks, or indentured children, the quake brought only an uncertain future.

Slavery-which ended with independence in 1804-is illegal in Haiti. And technically, restaveks are not slaves. The institution has its roots in the Caribbean tradition of child lending between families (usually relatives) to pitch in with extra work, care for the elderly or sick, or to provide opportunity to a child from a poor family. Generally, rural parents send their children to live with wealthier families in the cities. In exchange for domestic labor, the children are supposed to receive lodging, food, clothing, medicine, and-most importantly-education. In as many as half of the cases, they do (though classifying treatment in private homes is notoriously difficult). The unlucky ones, called restaveks-from the French rester avec, or "to stay with" -are loaned through normal channels but denied schooling and subject to abuse and degradation. This phenomenon has spiked in modern Haiti, as more and more children end up with equally impoverished families in the slums.

Before the quake, up to 22 percent of Haitian homes contained restaveks, according to a study funded by USAID. Keeping restaveks is illegal, but child loans are not and, given the extent of Haiti's governmental dysfunction, it's hard to tell which cases are which. Now that the quake has thrown family networks into disarray, the flimsy social ties supporting restaveks are likely to break down. "For families struggling in the wake of a catastrophe, restavek kids are the first to go; says Glenn Smucker, an anthropologist who specializes in development work in Haiti. "Their parents are not there to watch out for them, so they're far more vulnerable" to desertion and trafficking.

But even as the numbers of abandoned restaveks swell, the demand for their services is likely to decrease. A mass exodus of residents from Port-au-Prince is reversing decades of migratory trends. If the shift sticks, it means there will be less need for restaveks in the city. But it's also possible that families suffering from the quake's economic aftershocks will feel extra pressure to lend out their children, even as it becomes more likely they'll end up as restaveks. Which, combined with a spike in new orphans, means Haiti will likely see a rise in the number of its street children in the years to come.
(By Katie Paul - Newsweek)

De acordo com o texto, o Haiti tenta resolver o problema das crianças cujos pais morreram no terremoto
a) oferecendo ajuda financeira para os responsáveis pelas crianças. 
b) facilitando a adoção dessas crianças por famílias haitianas. 
c) permitindo o trabalho dessas crianças em casas de famílias. 
d) encaminhando a maioria das crianças menores de oito anos para orfanatos do governo. 
e) incentivando a adoção dessas crianças por famílias estrangeiras.

RESPOSTA:
Letra C.

Segundo o trecho “Keeping restaveks is illegal, but child loans are not and, given the extent of Haiti's governmental dysfunction, it's hard to tell which cases are which”, pode-se observar que o Haiti tenta resolver o problema das crianças em que os pais morreram no terremoto permitindo o trabalho dessas crianças em casas de família.

Questão de Literatura - FUVEST 1994 - Ao criticar "O Primo Basílio", Machado de Assis afirmou:

FUVEST 1994 - Ao criticar "O Primo Basílio", Machado de Assis afirmou: "(...) a Luísa é um caráter negativo, e no meio da ação ideada pelo autor, é antes um títere que uma pessoa moral."Títere é um boneco mecânico, acionado por cordéis controlados por um manipulador. Nesse sentido, as personagens que, principalmente, manipulam Luísa, determinando-lhe o modo de agir, são:
a) Basílio e Juliana.
b) Jorge e Justina.
c) Jorge, Conselheiro Acácio e Juliana.
d) Basílio, Leopoldina e Conselheiro Acácio.
e) Jorge e Leopoldina.

RESPOSTA
Letra A.

Questão de Literatura - ACAFE 2022 - Sobre um dos contos do livro Melhores Contos, de Lygia Fagundes Teles

ACAFE 2022 - Sobre um dos contos do livro Melhores Contos, de Lygia Fagundes Teles, é CORRETO o que se afirma em: 
A) Temerosos de que Baleia esteja com hidrofobia, Fabiano busca a espingarda enquanto Sinhá Vitória fica com os filhos. As cenas são descritas através de um narrador que se aproxima de um dos personagens para revelar ao leitor o ponto de vista de cada um deles sobre o conflito. 
B) Ao contar a história de duas jovens estudantes que vão morar em um quarto de uma pensão decadente, no qual há um caixote com ossos de um anão, a autora mostra o mistério associado a inocentes formigas que passeiam pelo local à noite. 
C) No conto O Homem que sabia javanês, o protagonista consegue ascender social e profissionalmente na recém-proclamada República do Brasil ao mentir dizendo que dominava uma língua estrangeira. 
D) O motivo do conto A imitação da rosa é aparentemente banal: Laura, a personagem central do conto, vê-se envolvida com relações rotineiras: jantar em casa de amigos, e, à espera do marido (Armando), hesita em enviar à anfitriã (Carlota) um buquê de rosas que comprara para si.

RESPOSTA:
Letra B.

“Assim que as moças chegam ao quarto da pensão, percebem que o antigo morador esqueceu um pertence, um caixote deixado em um canto. Curiosas, resolvem avaliar o que tem dentro e percebem que se trata de um raro esqueleto de anão. Em todas as noites sentiam um forte cheiro de bolor e notavam uma invasão quase inacreditável de formigas. O rastro dos animais segue sempre para debaixo da cama, mas especificamente para dentro do caixote de ossos, que fora guardado ali.” (Conto As formigas, de Lygia Fagundes Teles). O texto sobre a cadela Baleia faz referência ao conto Baleia, de Graciliano Ramos, que faz parte do livro Vidas Secas. O conto O Homem que sabia javanês foi escrito por Lima Barreto. O conto A imitação da rosa é de Clarice Lispector e faz parte da obra Laços de Família

Questão de Literatura - ACAFE 2022 - Assinale a alternativa que tem relação com o livro Os Milagres do Cão Jerônimo, de Péricles Prade

ACAFE 2022 - Assinale a alternativa que tem relação com o livro Os Milagres do Cão Jerônimo, de Péricles Prade. 
A) O concretismo se afasta do local e valoriza o caráter universal, de maneira que as obras desse estilo se opõem ao que é intuitivo ou sentimental, e buscam se amparar na técnica e nos elementos formais. 
B) O gênero intimista na literatura percorre a esfera íntima das personagens, desvelando suas experiências traumáticas, os conflitos instaurados na psique, as questões espirituais, morais e metafísicas. Normalmente essas figuras fictícias são atormentadas, oprimidas pela sociedade e suas convenções, vivem reclusas, não interagem com as outras pessoas ou, se o fazem, é de uma forma restrita.
C) O fantástico contenta-se em fabricar hipóteses falsas (o seu “possível” é improvável), em desenhar a arbitrariedade da razão, em sacudir as convenções culturais, mas sem oferecer ao leitor, nada além da incerteza. A falácia das probabilidades externas e inadequadas, as explicações impossíveis – tanto no âmbito do mítico – se constroem sobre o artifício lúdico do verossímil textual, cujo projeto é evitar toda asserção, todo significado fixo. O fantástico “faz da falsidade o seu próprio objeto [...]” (CHIAMPI, 1980, p. 56). 
D.) A literatura simbolista pode ser caracterizada como uma arte profundamente marcada pelo pessimismo em relação à existência e pela desilusão. Utilizando uma linguagem fluida, imprecisa, os autores desse movimento não buscavam retratar o mundo, mas apenas sugeri-lo a partir de suas visões subjetivas.

RESPOSTA:
Letra C.

Questão de Literatura - ACAFE 2022 - Sobre as obras indicadas para o Concurso Vestibular de Medicina

ACAFE 2022 -  Sobre as obras indicadas para o Concurso Vestibular de Medicina Acafe – Verão 2022, é CORRETO o que se afirma em: 
A) O romance Os Milagres do Cão Jerônimo, de Péricles Prade, é marcado pelo fluxo de consciência (característica de uma história que não se apresenta num enredo, mas sim por meio dos pensamentos e divagações da própria personagem) e discorre sobre a existencialidade. 
B) Em 1994, a Rede Globo levou ao ar a novela Fera Ferida, tomando por base do roteiro o romance Cemitério dos Vivos, de Lima Barreto, obra na qual o autor traça um rico painel social e humano dos subúrbios cariocas na virada do século XIX para o século XX. 
C) No romance inacabado Cemitério dos Vivos, destacam-se as personagens Ismênia, que, tendo sido educada para o casamento, enlouquece quando foi abandonada pelo noivo; Olga, sobrinha do protagonista, que difere da maioria das mulheres por ser mais independente; e o violinista e cantor de modinhas Ricardo Coração-dos-Outros. 
D) Em uma das crônicas do livro De Amor e Amizade, de Clarice Lispector, consta: “O próprio filho do quati, recalcado, e não compreendendo nada da vida, embora nunca esquecesse a imagem do pai bemamado, passou a sonhar ser cachorro”.

RESPOSTA:
Letra D.

Em uma das crônicas do livro De Amor e Amizade, de Clarice Lispector, consta: “O próprio filho do quati, recalcado, e não compreendendo nada da vida, embora nunca esquecesse a imagem do pai bem-amado, passou a sonhar ser cachorro”. A citação faz parte da crônica Amor, quati, cão, feminino e masculino. O roteiro da novela Fera Ferida toma por base outras obras de Lima Barreto, tais como o conto Nova Califórnia e os romances Recordações do Escritor Isaías Caminha, Triste Fim de Policarpo Quaresma e Clara dos Anjos. As informações atribuídas ao romance Cemitério dos Vivos referem-se, de fato, ao romance Triste Fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto. A afirmação “marcado pelo fluxo de consciência (característica de uma história que não se apresenta num enredo, mas sim por meio dos pensamentos e divagações da própria personagem) e discorre sobre a existencialidade”, diferentemente do que se afirma na questão, diz respeito ao romance A Paixão Segundo G. H., de Clarice Lispector.

Questão de Literatura - ACAFE 2022 - No livro Negro, organizado por Zilma Gesser Nunes, constam algumas cartas.

ACAFE 2022 - No livro Negro, organizado por Zilma Gesser Nunes, constam algumas cartas. Na carta ao escritor e jornalista Virgílio Várzea, Cruz e Sousa assim se manifesta: 
A) “Quem me mandou vir cá abaixo à terra arrastar a calceta da vida! Procurar ser elemento entre o espírito humano?! Para quê? Um triste negro, odiado pelas castas cultas, batido das sociedades, mas sempre batido, escorraçado de todo o leito, cuspido de todo o lar como um leproso sinistro!” 
B) “A Sociedade Diabo a Quatro, que ri, que solta a gargalhada do bom humor que abre nos corações de todos, ao sol da ideia, a luminosa e resplandecente flor da alegria nos dias de seu curto mas pitoresco reinado de galhofa e de crítica – os dias de carnaval – definiu e ampliou mais a alma franca e forte que costuma ter nas festas de Momo, dando a essa alma toda a amplidão serena da Liberdade.” 
C) “Não! Nem canalha, nem mulato, nem ingrato! Não julgues, meu madrigalesco sonhador, que eu sou o vidro de cheiro, na frase de Várzea, do Rodolfinho Oliveira; ele, sim, palito humano, como é, é quem deve ter raivas fáceis e banais ao não receber cartas tuas.” 
D) “Já vê o meu nobre amigo que, nas dificuldades em que estou, tenho absoluta necessidade de procurar destino. Assim, tendo já deliberado a minha viagem para a Corte, venho valer-me de seu prestígio e da sua generosidade jamais desmentidos pedindo-lhe encarecidamente para influir com o seu amigo e correligionário Virgílio Villela sobre uma passagem, ou, no caso de ser absolutamente impossível, embora o meu excelente amigo envide os seus esforços, fazer-me o supremo obséquio de me emprestar 50$000 réis para eu poder transportar-me [...]”

RESPOSTA:
Letra A.

Citação extraída da carta de Cruz e Sousa a Virgílio Várzea, conforme consta no livro Negro/Cruz e Sousa, p. 172. As demais citações estão incorretas e foram extraídas das cartas à Sociedade Carnavalesca Diabo a Quatro (p. 167 e 168), a Araújo Figueredo (p. 174), a Germano Wendhausen (p. 169-170). 

Questão de Educação Física - UECE 2022.1 - A Qualidade de vida se tornou, para a maioria das pessoas, uma meta a ser alcançada.

UECE 2022.1 - A Qualidade de vida se tornou, para a maioria das pessoas, uma meta a ser alcançada. Entende-se por qualidade de vida, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, 
A) a percepção que um indivíduo tem sobre a sua posição na vida, dentro do contexto dos sistemas de cultura e valores nos quais está inserido e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações. 
B) o estado de completo bem-estar físico, mental e social, produzido pela ausência de doença ou enfermidade. 
C) o estado ou a situação em que a satisfação e a felicidade predominam, considerando questões econômicas, afetivas, de saúde e lazer. 
D) estado ou situação das pessoas que, em termos econômicos, gozam de uma boa posição financeira que lhes proporciona uma vida confortável, com total satisfação de suas necessidades sem qualquer restrição financeira.

RESPOSTA:
Letra A.

Questão de Educação Física - UECE 2022.1 - Atente para o seguinte texto: Apontada como a principal atleta das Olimpíadas de Tóquio

UECE 2022.1 - Atente para o seguinte texto: 
Apontada como a principal atleta das Olimpíadas de Tóquio e com uma expectativa de conquistar até seis medalhas de ouro, a ginasta Simone Biles trouxe os holofotes para uma questão que humanizou a estrela e que abrange toda a população mundial: a saúde mental. Após ter uma apresentação aquém do esperado no salto por equipes que rendeu uma prata para os Estados Unidos, a norte-americana surpreendeu a todos ao comunicar que não disputaria mais as finais individuais para se preservar e reconectar corpo e mente. 
Disponível em https://www.uol.com.br/esporte/olimpiadas/ultimasnoticias/2021/08/09/top-10-momentos-marcantess-detoquio.htm, acesso em 08 de setembro de 2021. 
Considerando o texto acima, é correto inferir que a prática do esporte de alto rendimento 
A) pode ser maléfica para a saúde mental, a depender das pressões sociais e autocobranças. 
B) desenvolve sempre, e de forma incontestável, em seus praticantes, deterioração da saúde mental, pelo estímulo feroz à competição na incessante busca por medalhas e recordes. 
C) apresenta como causa ou efeito, em todos os praticantes, o desenvolvimento de baixa autoestima, haja vista somente os vencedores receberem os louros da vitória. 
D) deve ser desenvolvida somente dentro da perspectiva colaborativa, onde todos vencem, em oposição ao formato competitivo atual.

RESPOSTA:
Letra A.

O caso da atleta Simone Biles, nas Olimpíadas deste ano, traz-nos alguns aspectos a destacar no esporte. A forma como os envolvidos abordam a prática do esporte de alto rendimento pode trazer malefícios para a saúde do atleta. O esporte não necessariamente vai desenvolver a baixa autoestima do atleta. A competição pode ser desenvolvida de forma participativa ou não no esporte de alto rendimento.

Questão de Educação Física - UECE 2022.1 - A Capoeira é considerada por seus praticantes como luta, dança, jogo, arte, música, expressão corporal

UECE 2022.1 - A Capoeira é considerada por seus praticantes como luta, dança, jogo, arte, música, expressão corporal e cultural, dentre outras. Acerca dos fatos históricos que envolvem a prática de Capoeira, é INCORRETO dizer que foi 
A) considerada crime previsto no Código Penal brasileiro. 
B) homologada pelo Ministério da Educação e Cultura como modalidade desportiva. 
C) incluída pelo Comitê Olímpico Internacional no programa dos Jogos Olímpicos de Verão. 
D) registrada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional como patrimônio cultural brasileiro.

RESPOSTA:
Letra C.

Os colonizadores portugueses submetiam os escravos a condições desumanas e violência. Por isso, eles começaram a treinar movimentos e golpes com agilidade, assim surgiu a capoeira. A capoeira foi proibida no Brasil em 1890. Hoje, é considerada um esporte segundo o Ministério da Educação e Cultura, e também é um Patrimônio Cultural Brasileiro. Portanto, o item correto é o C, pois a capoeira não foi incluída nos Jogos Olímpicos de Verão.

Questão de Educação Física - UECE 2022.1 - A série Cobra Kai, transmitida na NETFLIX, mostra uma visão peculiar da filosofia do Karate

UECE 2022.1 - A série Cobra Kai, transmitida na NETFLIX, mostra uma visão peculiar da filosofia do Karate. Com o lema “Acerte primeiro, bata com força, sem piedade” os alunos de um Dojo (local de treino) evidenciam a influência de um sensei (professor) em impor o seu ponto de vista a respeito da modalidade. Considerando as boas práticas das Artes Marciais, é correto afirmar que um professor deve 
A) impor seu ponto de vista a respeito da modalidade, não levando em consideração os princípios éticos e morais da luta praticada. 
B) estimular um estilo de luta em que o ato de trapacear é normatizado, permitindo aos alunos a obtenção, a qualquer custo, do melhor desempenho para alcançar a vitória. 
C) ensinar e impor aos alunos o modo de vida, a cultura e a história daquela modalidade de luta que ensina, solicitando aos alunos que abdiquem de suas características próprias. 
D) respeitar as características pessoais dos alunos, todavia não deixando de apresentar e explicar os verdadeiros princípios filosóficos da arte marcial praticada.

RESPOSTA:
Letra D.

As lutas são manifestações corporais que fazem com que seus praticantes trabalhem o autoconhecimento, o respeito, a amizade e, de acordo com o item correto, os alunos devem aprender os princípios filosóficos da arte marcial praticada, tendo sua individualidade respeitada. Em outras palavras, não se deve impor aos alunos o modo de vida, vencer a qualquer custo, nem deixar de levar em consideração os princípios éticos e morais da atividade. Portanto, o item correto é o D.

Questão de Educação Física - UECE 2022.1 - Os Jogos Olímpicos de Tóquio, que deveriam ter sido realizados em 2020, somente ocorreram neste ano de 2021

UECE 2022.1 - Os Jogos Olímpicos de Tóquio, que deveriam ter sido realizados em 2020, somente ocorreram neste ano de 2021, entre junho e agosto. Durante os jogos, é estimulada a prática dos valores olímpicos dentre os quais se encontram: 
A) amizade, respeito e excelência.
B) ser mais alto, mais rápido e mais forte. 
C) competição, cooperação e respeito. 
D) determinação, força de vontade e respeito.

RESPOSTA:
Letra A.

Questão de Literatura - ENEM 2008 - A velha Totonha de quando em vez batia no engenho.

ENEM 2008  - A velha Totonha de quando em vez batia no engenho. E era um acontecimento para a meninada... Que talento ela possuía para contar as suas histórias, com um jeito admirável de falar em nome de todos os personagens, sem nenhum dente na boca, e com uma voz que dava todos os tons às palavras! Havia sempre rei e rainha, nos seus contos, e forca e adivinhações. E muito da vida, com as suas maldades e as suas grandezas, a gente encontrava naqueles heróis e naqueles intrigantes, que eram sempre castigados com mortes horríveis! O que fazia a velha Totonha mais curiosa era a cor local que ela punha nos seus descritivos. Quando ela queria pintar um reino era como se estivesse falando dum engenho fabuloso. Os rios e florestas por onde andavam os seus personagens se pareciam muito com a Paraíba e a Mata do Rolo. O seu Barba-Azul era um senhor de engenho de Pernambuco. José Lins do Rego. Menino de Engenho. Rio de Janeiro: José Olympio, 1980, p. 49-51 (com adaptações). Na construção da personagem “velha Totonha”, é possível identificar traços que revelam marcas do processo de colonização e de civilização do país. Considerando o texto acima, infere-se que a velha Totonha 
a) tira o seu sustento da produção da literatura, apesar de suas condições de vida e de trabalho, que denotam que ela enfrenta situação econômica muito adversa. 
b) compõe, em suas histórias, narrativas épicas e realistas da história do país colonizado, livres da influência de temas e modelos não representativos da realidade nacional. 
c) retrata, na constituição do espaço dos contos, a civilização urbana europeia em concomitância com a representação literária de engenhos, rios e florestas do Brasil. d
) aproxima-se, ao incluir elementos fabulosos nos contos, do próprio romancista, o qual pretende retratar a realidade brasileira de forma tão grandiosa quanto a europeia. 
e) imprime marcas da realidade local a suas narrativas, que têm como modelo e origem as fontes da literatura e da cultura europeia universalizada.

RESPOSTA:
Letra E.
Característica do modernismo, a obra do autor José Lins do Rego escreve sobre a situação econômica dos latifúndios e engenhos da zona de produção de açúcar da Paraíba e do Pernambuco. Nesse sentido, as histórias contadas por Totonha, se assemelhavam as histórias europeias em personagens, valores e cenários.

Questão de Literatura - ENEM 2008 - Assinale a opção que apresenta um verso do soneto de Cláudio Manoel da Costa

ENEM 2008  - 
Torno a ver-vos, ó montes; o destino
Aqui me torna a pôr nestes outeiros,
Onde um tempo os gabões deixei grosseiros
Pelo traje da Corte, rico e fino.

Aqui estou entre Almendro, entre Corino,
Os meus fiéis, meus doces companheiros,
Vendo correr os míseros vaqueiros
Atrás de seu cansado desatino.

Se o bem desta choupana pode tanto,
Que chega a ter mais preço, e mais valia
Que, da Cidade, o lisonjeiro encanto,

Aqui descanse a louca fantasia,
E o que até agora se tornava em pranto
Se converta em afetos de alegria.
Cláudio Manoel da Costa. In: Domício Proença Filho. A poesia dos inconfidentes. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2002, p. 78-9

Assinale a opção que apresenta um verso do soneto de Cláudio Manoel da Costa em que o poeta se dirige ao seu interlocutor. 
a) “Torno a ver-vos, ó montes; o destino” (v.1) 
b) “Aqui estou entre Almendro, entre Corino,” (v.5) 
c) “Os meus fiéis, meus doces companheiros,” (v.6) 
d) “Vendo correr os míseros vaqueiros” (v.7) 
e) “Que, da Cidade, o lisonjeiro encanto,” (v.11)

RESPOSTA:
Letra A.

Apóstrofe é uma figura de linguagem que faz referência a entidades, de acordo com o objetivo do discurso, além de se caracterizar pelo chamamento do leitor, imaginário ou não da mensagem. No verso em questão, a apóstrofe utilizada foi " ó montes", o qual o vocativo faz referência ao interlocutor. Logo, alternativa A está correta.

Questão de Literatura - ENEM 2008 - Considerando o soneto de Cláudio Manoel da Costa e os elementos constitutivos do Arcadismo brasileiro

ENEM 2008  - 
Torno a ver-vos, ó montes; o destino
Aqui me torna a pôr nestes outeiros,
Onde um tempo os gabões deixei grosseiros
Pelo traje da Corte, rico e fino.

Aqui estou entre Almendro, entre Corino,
Os meus fiéis, meus doces companheiros,
Vendo correr os míseros vaqueiros
Atrás de seu cansado desatino.

Se o bem desta choupana pode tanto,
Que chega a ter mais preço, e mais valia
Que, da Cidade, o lisonjeiro encanto,

Aqui descanse a louca fantasia,
E o que até agora se tornava em pranto
Se converta em afetos de alegria.
Cláudio Manoel da Costa. In: Domício Proença Filho. A poesia dos inconfidentes. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2002, p. 78-9

Considerando o soneto de Cláudio Manoel da Costa e os elementos constitutivos do Arcadismo brasileiro, assinale a opção correta acerca da relação entre o poema e o momento histórico de sua produção.
a) Os “montes” e “outeiros”, mencionados na primeira estrofe, são imagens relacionadas à Metrópole, ou seja, ao lugar onde o poeta se vestiu com traje “rico e fino”. 
b) A oposição entre a Colônia e a Metrópole, como núcleo do poema, revela uma contradição vivenciada pelo poeta, dividido entre a civilidade do mundo urbano da Metrópole e a rusticidade da terra da Colônia. 
c) O bucolismo presente nas imagens do poema é elemento estético do Arcadismo que evidencia a preocupação do poeta árcade em realizar uma representação literária realista da vida nacional. 
d) A relação de vantagem da “choupana” sobre a “Cidade”, na terceira estrofe, é formulação literária que reproduz a condição histórica paradoxalmente vantajosa da Colônia sobre a Metrópole. 
e) A realidade de atraso social, político e econômico do Brasil Colônia está representada esteticamente no poema pela referência, na última estrofe, à transformação do pranto em alegria.

RESPOSTA:
Letra B.

A oposição Cidade-Campo, lugar-comum da temática árcade, é assimilada, no caso de Cláudio Manuel da Costa, à oposição Metrópole-Colônia. O poeta, que viveu longamente em Portugal, onde experimentou a civilidade lisboeta, voltando ao Brasil confrontou-se com a aspereza dos “montes” e “outeiros” de sua Minas natal, que idealiza em seus poemas bucólicos.

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